Onde está o gato?
Qual gato?
O nosso gato!
Agente nunca teve gato.
Ah ta. Agora você vai me dizer que o wildolf nunca existiu e que é mais uma das minhas alucinações depois do piriquito vermelho da amazônia que eu comprei em paris?
Amor, chega de piriquitos e gatos, vem dormir.
Oi amor. Como foi o trabalho?
Hoje eu tive um bom dia. E você?
Rendoso. Comprei comida para o wildolf.
O wildolf me irritou hoje.
Por quê? O wildolf não irrita ninguém.
Bom... esquece.
Desembucha.
Nada. Me passa a comida. Vou dar pra ele.
Você não vai dar pra ninguém. Odeio quando fala desse jeito.
Você parece uma criança. Vou alimentá-lo, satisfeito?
Melhor.
Amor, cadê o justin?
Quem?
O periquito.
Ah, querida. Esquece o justin, está bem?
Ok, vamos dormir.
Doutor, está complicado lá em casa. Ela continua tendo uns lapsos de memória e às vezes inventa gatos e periquitos. Eu finjo que eles existem, se não agente briga e o cacete.
Desde quando isso acontece?
Não lembro exatamente. Mas um dia eu cheguei do trabalho e ela começou a falar do gato. Gato pra cá, gato pra lá. Eu perguntava “cadê a porra do gato?”. Ela começava a chorar. Eu tive que embarcar na história e eu fingir que o wildolf existe.
Ela deve estar carente.
Você ta dizendo que eu não to comendo minha mulher direito?
Não é isso. A sua mulher pode estar carente em muitos sentidos. Ela pode estar saturada do relacionamento e encontra refugio nesses bichinhos. É estúpido eu sei, mas de qualquer forma, sua mulher deve ser uma pessoa bem estúpida para criar gatos e periquitos imaginários.
Olha aqui doutor. Como você fala que minha mulher é estúpida?
Ah, edílson, vou ter que falar a verdade. Sua mulher está te traindo. Ela está insatisfeita e é mal comida. Quando ela cria esses bichinhos, na verdade coloca a tona os amantes e você nem percebe.
Seu filho da puta. Seu analista de merda. Você é quem está carente e fica me atormentando com essas putarias.
Mas que filho da puta. Falar que minha mulher é mau comida e eu estou sendo traído. O wildolf é só um gato porra! Não é um amante. Claro que não. CLARO QUE NÃO.
Oi amor! O que você esta pensando ai, tão concentrado?
Nada, minha linda, minha deusa, meu chuchu com passas e caramelo derretido.
Que romântico!
Vem pra cama.
Agora não.
Vem logo.
Ta bom.
Ei! Vira pra cá! Vamos trepar!
Ai amor, eu estou muito cansada. O wildolf me atormentou hoje. Falando nisso, a comida dele ta acabando.
Por que ele te atormentou?
Ele é agressivo!
Ah é?
Uhum
E o que ele fez com você?
Nada demais. O justin que me bicou toda!
O papagaio?
É!
Filho da puta.
Não fala assim dele, amor.
Querida, tenho q ir.
O que?
Tenho um compromisso.
AlÔ?
Doutor?
Quem fala?
Sou eu, edílson.
Puta que pariu, edílson, são 3:30 da manhã e você ta me ligando.
É que eu estou com um problema doutor.
Que dizer que depois daquelas merdas que você me falou, você me liga as 3 da manha e me pede ajuda?
Acho q você estava certo, doutor!
Quanto a que?
Minha mulher... o gato... o periquito... o amante....
Por que?
Porque sim! Ela disse que o periquito bicou ela todinha.
Esquece isso.
Como, doutor?
Eu fiz uma analise errada. Desculpa. Preciso dormir.
Amor.
Oi, amor! Aonde você passou a noite?
Não interessa. Me fala a verdade.
Que verdade.
Sobre os animais porra!
Quais? O wildolf?
E o piriquito.
Que que tem?
Quem são eles?
Como assim quem são eles? São nossos animais de estimação!
Olha aqui Anna, se você não contar a verdade eu vou te matar.
LARGA ESSA FACA!
Fala! Quem são eles! Eu já entendi tudo!
Você está louco edílson! Larga essa faca!
Adeus ANNA.
Matei a vagabunda.
Merda. Tem um gato no sofá e um periquito na gaiola.
1 comment:
bandeira!!!!!
surgindo do meio do nada com esse comentário, mas td bem...
Rubel, que texto mais engraçado morri de rir! vc escreve bem cara...parabéns...continue com esse blog pra eu me divertir mais hehehe bjinssss
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