Monday, May 30, 2011

cachorro molhado

Retribuiu o sorriso com outro igualmente gigante, como há tempos não fazia. Sentou-se no chão, a sua altura e o abraçou de igual para igual. Pegou sua coleira, enlaçou, enquanto ele pulava desesperadamente diante da possibilidade de correr e sentir novamente o ar livre e quase puro sobre seu rosto.

A cada latido do cão para uma bela cadela que seguia do outro lado da rua, sentia vontade de abordar uma bela mulher que vinha em sua calçada.

Eu não sei por que que a gente complica tanto as coisas, Max.

Você devia me trazer mais vezes aqui em baixo.

É que faz tempo que eu não te vejo, bicho.

É, eu reparei.

Desculpa.

Relaxa.

Correram até sentirem o mais forte vento que poderia bater em seus rostos, correram até porem as línguas de fora.

Já de respiração ofegante, atravessaram a praia e mergulharam com toda a vontade no mar.

Brigado, Max.

Eu que te agradeço, meu camarada, disse sorrindo.

E ele pensou o quanto ainda tinha a apreender com seu cão. Não sobre as vontades dos cães, mas sobre as virtudes dos homens.

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